segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Die


Mais uma vez e nada.
Ninguém viu, ninguém que estava naquele carro viu..
Nenhum dos dois viu a primeira lágrima escorrer.
Estavam ocupados cuidando da própria vida, e a minha.
Uma escolha que deveria ser de minha autoria.

Ninguém viu, ninguém sentiu o que eu senti.
Nenhum deles percebeu o que eu escrevia no vidro embaçado.
Nenhum deles entendeu o que eu escrevi.
Na verdade... Nem se importaram em tentar entender.

Die.

Die - Morra.

E eu a escrevi milhares de vezes,
Não pense que eu queria o mal deles..
Eu queria o meu.
Eu me sentia drogada, anestesiada.
Enquanto chorava aos cacos, escrevendo aquilo apenas pensava em jeitos de aliviar a dor.
Apenas em possíveis bilhetes explicativos sobre o porque da minha morte.
Talvez seja exagero, não digo que estou certa.
Talvez esteja certa, não digo que sou sábia.

Ninguém naquele carro sentiu, ou viu o que eu vi.
E o que eu vi embora machucasse eu me obriguei a sorrir.
Por que ninguém naquele carro percebeu que se contradizia a cada instante.
E ninguém percebeu que eu não respirava.

(Ice Queen)

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